domingo, 14 de novembro de 2010

As Desventuras do Reizinho Nibor

ERA UMA VEZ um reizinho de nome NIBOR, o DESENCAPUZADO, assim chamado porque tirava dos pobres e dava para os ricos, ao contrário do herói britânico.
O reizinho NIBOR O DESENCAPUZADO, governava um lindo feudo chamado IDA QUADRADA, a cidade do ferro, porque lá havia uma grande FÁBRICA desse utillíssimo metal, do que se fazem pontes, edifícios, automóveis e mesmo pregos, tachinhas e sangue. Era a Companhia de Ferro Nacional - CFN, onde trabalhava 20.000 ferristas (aprox. 2/3 dos habitantes conformados do lugar).
A IDA QUADRADA pertencia há um lindo "país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza". "Em fevereiro tinha carnaval" e no resto do ano, tinha balípodo.
Consta que o país seguia o princípio:
"Primeiro o dever, depois o prazer". Por isso passou a dever 120 BILHÕES DE MONEROS ( 1 MONERO - 1000 KRUCIFIKADOS) ao estrangeiro. O povo ficou tão duro que não tinha mais dinheiro para comprar fantasia de carnaval, por isso saia todo mundo de "topless" ou de "botomless" (que q'eu tenho com isso, afinal todo mundo nasce mesmo nu, analfabeto e sem dentes, né?).
Em IDA QUADRADA, os 20.000 ferristas da CFN só pensavam em produzir ferro. Mas o reizinho NIBOR, que detestava capuz, pensava muito no OURO que poderia comprar com o DINHEIRO dos impostos e MULTAS arrecadadas no feudo.
Um feio dia, no castelo municipal, o reizinho NIBOR e sua nobre corte estavam entediados da vida porque não achavam o que fazer, pois a IDA QUADRADA já estava pronta, lindas praças e ruas, e só faltava construir o estádio de BALÍPODO - os bairros da periferia eram problema dos governantes dos feudos vizinhos Rabba Sanma e Rabba do Ripai. Foi quando o BOBO DA CORTE, um dos autos assessores de sua majestade, fazendo valer toda sua sapiência (ié, a ciência do sapo) recomendou enfaticamente um elenco de manobras capazes de convencer até S. Tomé. Assim, poderia ser feito prioritária e desnecessariamente:
- substituição de calçada ainda bem conservada (!?).
- Estreitamento das ruas do centro (porque "a pressa é inimiga da perfeição") (!?).
- Deixar as valetas abertas (ninguém vê os micróbios mesmo) (!?).
- Cruzamento perigoso no centro (para aumentar o faturamento das oficinas de lanternagem e dos traumatologistas) (!?).
- Estimular construção nas encostas dos morros (!?).
- Esquecer de conservar as ruas da periferia (problema dos periféricos) (!?).
Quanto à opinião pública, não havia porque se preocupar, já que o regime da MONEIANARKIA garantia a perpetuação do poder entre os consangüineos. E desde quando ANALFABETOS sabem reinvindicar direitos?
PS - QUALQUER SEMELHANÇA COM CIDADE E PERSONAGENS REAIS, É ISSO MESMO O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO:
Bem-Te-Vi Ponte Negra
Repórter por acaso/JSE
IDA QUADRADA (E.X.), 27 de fevereiro de1958.

2 comentários:

  1. É a gente não precisa fazer força pra ver a semelhança...

    ResponderExcluir
  2. Muito bom, inteligente e dá para pensar... nada é mera coincidência.
    Bjs, Regina

    ResponderExcluir